Uma tosse leve, mais um gole da garrafa de água que carrego comigo nessa jornada estranha, minha única fonte de alegria. Eu não aguento mais errar, não aguento mais ser burro de carga, útil somente pras criaturas mais inúteis e despresaveis dessa terra aonde nasci. Com uma certa frequencia eles me levam ao mar razo e tiram um sarrinho, chutam minhas pernas me deixando encalhado na areia, em panico fico me debatendo. Já é muito tarde pra fazer qualquer movimento, me pegam pelas orelhas e me afundam na água salgada, afolgando grito e grito mas ninguém me escuta. Ou pelo menos aqueles que escutavam e me ajudavam não estão na praia hoje.
Quando tenho o prazer de ficar só por pelo menos algumas horas, posso me distanciar do mundo um tanto. Odeio quando a vida vem bater na minha porta, fico com a obrigação de dar um entretenimento pra ela, e eu não consigo mais fazer isso.
sábado, 20 de junho de 2009
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