quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Miss the Beats

Tenho de declarar algo sobre a saudade.
Que bate como mar no coração e me tira da realidade.
Com chuva colorida, cada pingo sua cor
Bate forte, cai no chão, e faz barulho de tambor.

Que alegria que me tras coração? Noticias de saudades distantes e próximas sem dor. Mereço tal honra? Ou talvez quem sabe sou apenas sortudo. Contanto que me dê o prazer de sentir isso por mais tempo não lhe questiono. Só peço que você me conte mais, pois é do meu interesse ter sonhos bons. Sozinho ou com quer que seja vou sentar diante as luzes frias da noite e deixar minha vista visitar as estrelas mais distantes, deixo elas de férias enquanto contemplo a saudade que bate nesse meu coração.

As crianças já se deitaram, brincaram a noite toda com seus foguetes e máscaras de baile.
Dançaram até a meia-noite da vida nesse carnaval eterno que é a existencia humana. E agora
restam nós, sem sono tentando tornar as imagens da terra em palavras, ou talvez um sentimento. Tento hoje pois amanhã não vou me lembrar, vou apenas esquecer como todas as noites passadas. As palavras vem se escorrendo da mente até o papél como lágrimas de alguém que acabou de ler uma carta de algum querido distante que vem visitar logo. Vem escorrendo conforme a multidão desce esse morro gritando cantos de alegria.

E eu que me achava sem tempo pra tais coisas me vejo hoje nos prazeres mais simples dessa vida que me deram. Claro que não ouso deixar o merito todo desse momento com a saudade, existem outras coisas nesse jogo também. Só talvez por coincidencia a saudade me visita hoje. Não me preocupo com razões ou por ques, só sei que estou feliz com isso. O que antes era raro me parece tão comum que eu me preocupo menos, me libero do mal que antes me fazia toda essa agonia de dormir todas as noites só, sem ter ninguém ao lado ou ao menos no pensamento. Não ouso tentar explicar como sinto, já é dificil exigir palavras pra explicar a saudade, seria tortura pra minha mente tentar construir um dicionário novo pra mim mesmo.

A preguiça que dá tentar terminar o pensamento, aquele swing hereditário ou a alegria
em volta distante de mim. E por isso a tendencia é de voltar, naturalmente, como o mar. O mesmo que, depois de tantos anos ainda não me cansa todas as vezes que vejo todas as noites que vou ao seu lado pra pensar em qualquer coisa que me agrade. Tão cedo fui, tão tarde vou. E com tudo isso não tem tempo pra tratar dessa saudade por enquanto, olho pra ela com a cara mais otimista que tenho e penso que, sem ela, não teria um coração que bate tão forte pra dar impulso, e acabar com toda aquela distancia entre mim, e tudo aquilo que amo tanto. Por isso vou ao som da chuva feliz, seguindo a trilha da linha na estrada até a felicidade, com um exército imaginário atras de mim.

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