sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A Lua

A mim tu fez a falta que faz a lua cheia aos mares tranquilos que querem ser agitados. impacientes com toda essa calma, fosse eu qualquer um dos mares só saberia ser agitado pela senhora naturalmente. meus neuronios seriam os peixes e quero jogar-los pra um lado e pra outro freneticamente!

Sabe-se lá se tu, lua, sabe do desconforto dos meus mares ao te ver virando meia, crescente, e por fim desaparecendo na imensidão da sua coleção de negro com pequenos pontos que os humanos, os mesmos que dizem que meus mares ficam lindos diante do sol fazem questão de apontar nos céus e me atormentar com o fato que estão essas estrelas mais perto que eu. pra porra do sol não ligo, fique distante

Mas tu, lua, faço questão que me puxe e empurre sem parar, quero mais é que o planeta esquente mesmo, assim vejo se consigo crescer mais e fazer ondas tão imensas que te tocam, arrastam, e finalmente te trazem pra dentro do meu territorio, nem que seja por segundos, para lhe tocar, e entender por que raios esses humanos ficam tão felizes juntos com seus pés entre as minhas areias e meus mares.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Manda Chuva

Quem no verão é planejado,
Tende a existir com olhos preguiçosos
E tambores no lugar do coração
Espirra confete
E come chuva

Magro nasce, vive, morre
Aonde mora não tem chuva
Não sabe aonde Deus se encontra
Mas tende a procurar nas sombras
Pensa que em deserto nenhum criatura vive

A não ser que seja diabo
Tende a não achar que seja tão ruim assim o inferno
Por que sabe que já tem passagem garantida lá
Depois de quebrar alguns corações,
E tacar fogo em outros

Sente na pele todos os dias o calor
O suor escorre conforme os olhos se viram
Tende a achar que vira ouro
Tudo aquilo cujos olhos miram
E torce pra mais um dia na praia.

Tende a descer ladeiras ditando ritmos
Pegando seguidores ao longo da vida
E acabando sozinho no parque
Sem tristeza e com olhos
Cujas cores refletem tudo aquilo que já amou